A Polícia Civil prendeu ontem seis pessoas acusadas de
extorquirem motoristas no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte. Outros três integrantes do bando seguem foragidos. Segundo as investigações, os flanelinhas exigiam dinheiro sempre que alguém estacionava próximo a restaurantes e boates da avenida Mário Werneck. Os valores pedidos por eles variavam entre R$ 20 e R$ 50, sendo que os criminosos ameaçavam danificar os veículos caso não recebessem o pagamento.Eles responderão por extorsão, formação de quadrilha e furto, isso porque, além de extorquirem os motoristas, eles ainda arrombavam os carros e furtavam o que tinha dentro dos veículos em algumas ocasiões. A ação era coordenada por Paulo Afonso, conhecido como Morcegão, que espalhava os integrantes pelos quarteirões. “Ele dividia o local para cada indivíduo, determinando em qual área ele atuaria, e ficava com 50% do total arrecadado”,
explica o delegado encarregado das investigações, Flávio Grossi. “Caso a pessoa não pagasse o valor, eles não garantiam a segurança
do veículo, e mesmo com o pagamento, se houvesse algo de interessante no carro, eles cometiam o arrombamento, furtando o material, ou até mesmo indicavam para terceiros quais veículos deveriam ser arrombados”, revela o delegado. Três dos seis envolvidos
já tinham sido presos pelo mesmo crime, inclusive na mesma região. “Com o desmantelamento da quadrilha, a região ficará mais segura para os frequentadores de bares e casas noturnas.
E o mais importante: os infratores serão responsabilizados pelos crimes já cometidos”, destacou o delegado. Ele ressalta ainda que é
importante fazer diferenciação entre flanelinhas e lavadores de carro licenciados pela prefeitura. M