O Mercado Sempre Encontra Seu Caminho

A Direção do Progresso no Mercado Automotivo

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Por Eduardo Alvim

Recentemente, um movimento intrigante no mercado automotivo me chamou atenção. A Hertz, uma gigante da locação de veículos, decidiu vender 20.000 de seus 60.000 EVs, optando por veículos a combustão. Uma escolha que, à primeira vista, parece contrariar as tendências ambientais e a agenda ESG. Mas, será que há mais nesta história do que aparenta?

A decisão da Hertz foi impulsionada por uma realidade econômica inegável: o menor valor de revenda dos EVs. Influenciada por cortes significativos nos preços da Tesla em 2023, esta desvalorização tornou os EVs menos viáveis financeiramente para a empresa. A venda inclui modelos Tesla, que representam 80% da frota elétrica da Hertz, agora disponíveis no mercado de usados a preços acessíveis.

Este cenário nos leva a uma reflexão mais ampla sobre a reação do mercado contra a agenda ESG, um tema que explorei detalhadamente em meu recente artigo [A Crescente Onda Anti-ESG]. O mercado, seguindo suas leis naturais de oferta e demanda, parece resistir à imposição de práticas que não atendem às necessidades imediatas dos consumidores.

Enquanto os EVs supostamente oferecem benefícios a longo prazo, como custos de combustível reduzidos em países onde a energia elétrica é barata (essa não é a realidade do mercado brasileiro), eles enfrentam desafios imediatos como altos custos de reparo e questões ambientais relacionadas à produção de baterias. O caso da Hertz ressalta uma tendência mais urgente: a procura por soluções mais imediatas e economicamente viáveis, mesmo que isso signifique um passo atrás em termos de inovação ambiental. A realidade está batendo à porta.

Além disso, vemos movimentos semelhantes no mercado global, como o atraso da Nissan na produção de EVs e as investigações europeias sobre subsídios estatais a fabricantes chineses de EVs. Enquanto isso, fabricantes japoneses como Subaru e Honda estão adaptando suas estratégias de EVs, considerando o atual cenário de mercado.

Esta situação nos lembra de uma verdade fundamental do mercado: ele se alinha naturalmente às reais demandas dos consumidores. Mesmo com intervenções através de leis, subsídios ou propaganda, o mercado tende a seguir o caminho de maior lucratividade e praticidade, atendendo às necessidades reais das pessoas.

Acredito que, apesar dos desafios atuais, os carros elétricos eventualmente dominarão o mercado automobilístico devido à sua experiência de condução superior. Contudo, tenho consciência de que os veículos elétricos podem ter um impacto ambiental maior do que os carros a combustão, considerando o processo de produção das baterias, durabilidade e descarte.

E você? Oque pensa sobre esta tendência? Será que estamos testemunhando uma reação natural do mercado ou um desvio preocupante das metas ambientais a longo prazo? Deixe seus pensamentos nos comentários abaixo.

EDUARDO ALVIM É UM ENTUSIASTA DA ESCOLA AUSTRÍACA DE ECONOMIA, QUE VALORIZA A LIBERDADE INDIVIDUAL, O LIVRE MERCADO E A NÃO INTERVENÇÃO ESTATAL NA ECONOMIA. ACREDITA QUE O BITCOIN É UM IMPERATIVO MORAL, POIS A AUTO CUSTODIA IMPEDE O FINANCIAMENTO DE GUERRAS, CONFLITOS E IMORALIDADES SEM O LIVRE CONSENTIMENTO DAS PESSOAS.

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