Por Eduardo Alvim
O programa “Desenrola Brasil”, anunciado pelo governo Lula com o objetivo de reduzir o endividamento e a inadimplência, vem enfrentando sérios problemas em sua execução. Recentemente, os dados mostraram um aumento na inadimplência para 30% da população, mesmo após o lançamento do programa.
Essa situação era previsível, dado o histórico de políticas populistas e intervencionistas que distorcem incentivos e causam efeitos adversos. Ao perdoar dívidas e facilitar o acesso irresponsável ao crédito, o programa mina a cultura de honrar compromissos financeiros.
Além disso, a crença de que medidas artificialmente estimulando o consumo resolveriam a crise de confiança e a falta de crescimento é equivocada. Em vez de endereçar problemas sistêmicos como a alta carga tributária, burocracia e insegurança jurídica, o governo optou por remendos populistas.
Exemplos anteriores, como o programa de renegociação de dívidas do FIES, também tiveram alta inadimplência posterior, mostrando que o perdão de dívidas não muda comportamentos. Confiança e crescimento sustentáveis dependem de reformas liberais, com redução do Estado, impostos e estímulo ao livre mercado.
Países que adotaram essa abordagem, como os EUA e o Reino Unido, têm taxas muito menores de inadimplência. Já a insistência em intervenções como controle de juros e preços levará a um desastre, com restrição ao crédito e piora da atividade econômica.
O aumento da inadimplência após o Desenrola Brasil expõe os riscos das políticas populistas. Sem mudanças estruturais que de fato melhorem o ambiente de negócios e gerem empregos, a tendência é aprofundar a crise financeira das famílias.
O Desenrola Brasil é um exemplo emblemático dos riscos das políticas populistas e intervencionistas, que acabam piorando os problemas que pretendiam resolver. Para uma visão mais ampla e detalhada sobre os incentivos perversos por trás desse programa, recomendo a leitura da minha análise publicada anteriormente, disponível em https://is.gd/desenrola. Nela, discuto aspectos como a cultura da inadimplência no Brasil, os efeitos da inflação e déficits fiscais, além de contrastar com casos de sucesso no exterior. Entender essas questões sistêmicas é essencial para que nosso país possa romper de vez com o ciclo de crises recorrentes. Conto com você nessa jornada de conhecimento e amadurecimento das ideias econômicas. Até a próxima!
EDUARDO ALVIM É UM ENTUSIASTA DA ESCOLA AUSTRÍACA DE ECONOMIA, QUE VALORIZA A LIBERDADE INDIVIDUAL, O LIVRE MERCADO E A NÃO INTERVENÇÃO ESTATAL NA ECONOMIA. ACREDITA QUE O BITCOIN É UM IMPERATIVO MORAL, POIS A AUTO CUSTODIA IMPEDE O FINANCIAMENTO DE GUERRAS, CONFLITOS E IMORALIDADES SEM O LIVRE CONSENTIMENTO DAS PESSOAS.