O Presidente Donald Trump emitiu um memorando ordenando as principais autoridades de Imigração a adotarem medidas que endureçam e acelerem o processo de deportação para asilo nos Estados Unidos. Em um documento divulgado, ontem (29), Trump ordenou o desenvolvimento de regulamentações para impedir que certos solicitantes de asilo obtenham autorização para trabalhar, cobrar taxas sobre as petições, acelerar as decisões judiciais, e limitar o acesso a outras formas de asilo.
As medidas – enquadradas como uma resposta a um aumento no número de migrantes na fronteira sudoeste do país – representariam uma nova escalada da agenda de imigração linha-dura de Trump. No entanto, elas não entrarão imediatamente em vigor. Em vez disso, o Presidente pediu aos secretários dos departamentos de Segurança Interna e Justiça que “tomassem todas as medidas apropriadas” para implementar as metas restritivas dentro de 90 dias.
Ainda assim, os possíveis regulamentos exigidos no memorando – se e quando forem emitidos – quase certamente enfrentarão desafios judiciais.
A administração Trump já tentou anteriormente uma série de medidas para desencorajar a chegada de famílias e crianças da América Central na fronteira, mas sem muito sucesso. Os tribunais federais impediram várias iniciativas de restrições do Presidente, incluindo uma no final do ano passado de impedir que os imigrantes que atravessam os portos de entrada pedissem asilo.
Enquanto isso, o número de detenções na fronteira – uma métrica usada para estimar cruzamentos – aumentou nos últimos meses. Em março, a Patrulha de Fronteira dos EUA prendeu quase 93 mil pessoas na fronteira do país com o México, uma contagem mensal comparável aos níveis mais altos de imigração dos anos 80, 90 e início dos anos 2000.
