Por Eduardo Alvim
O Programa de Desconto para Carros Populares, anunciado pelo governo Lula, é um fracasso desde o início, revelando-se ineficaz e não beneficiando a maioria dos cidadãos. Os preços dos carros populares estão muito altos, entre 70.000 e 120.000 reais, questionando o próprio termo “popular”. Poucos têm condições de comprar um carro nessa faixa de preço, mesmo com um desconto máximo de 10 mil reais.
O programa, inicialmente prometido para durar um mês, já está ficando sem dinheiro antes mesmo desse prazo. Isso tem causado confusão e frustração para muitas pessoas que esperam aproveitar a oportunidade de adquirir um carro por meio do programa. Essa situação expõe a incompetência do governo Lula e do ex-governador Alckmin, que, em sua tentativa de interferir na economia, cometeram um erro típico dos socialistas.
O governo Lula promete descontos de 6 a 8 mil reais para carros que custam entre 70 mil e 120 mil reais, o que não faz sentido para a classe menos favorecida. Os pobres não compram carros de 120.000 reais, pois isso está fora do alcance deles.
O objetivo do governo é estimular a indústria automobilística, que está enfrentando uma queda nas vendas. No entanto, devido à falta de confiança no governo Lula, as pessoas não estão comprando carros. Quem teria confiança para investir em um carro zero em um momento em que o país é governado por um presidente corrupto e inepto? No fim das contas, o programa acaba beneficiando principalmente os mais ricos, aqueles capazes de comprar carros de alto valor. Para os governos socialistas, a propaganda é mais importante do que os resultados reais. Mesmo que o programa não atinja seu objetivo de beneficiar os pobres, os defensores esquerdistas poderão alardear os números alcançados, afirmando que o “presidente dos pobres” vendeu milhares de carros e movimentou o mercado.
No entanto, o mercado de carros continua estagnado. Inicialmente, o programa dá prioridade para pessoas físicas nos primeiros 20 dias. A partir do dia 20 de junho, empresas e pessoas jurídicas podem aderir ao programa, incluindo as locadoras de veículos, que são importantes para a indústria automobilística. No entanto, as locadoras decidem esperar e não comprar carros imediatamente, pois sabem que terão a oportunidade de adquiri-los com desconto em breve. Quando o dia 20 chega, o governo Lula prorroga por mais 15 dias o prazo exclusivo para pessoas físicas aderirem ao programa, devido às críticas dos socialistas que acusam o governo de beneficiar o empresariado. Essa mudança de planos prejudica o setor automotivo, já que as locadoras param de comprar carros. No final, o dinheiro destinado à renúncia fiscal deve se esgotar dentro desses 15 dias, impedindo que as locadoras aproveitem o programa. Assim, o governo consegue atrapalhar o planejamento de todos os envolvidos, sem fornecer um desconto relevante para o público-alvo do programa, ou seja, os pobres que continuam dependendo do transporte público lotado.
O problema central que impede as pessoas de investir e acumular patrimônio no Brasil é a falta de confiança em um presidente corrupto como Lula. Além disso, seu viés socialista o leva a distribuir dinheiro para amigos socialistas em outros países da América Latina. A melhor solução seria sua renúncia, mas isso é algo improvável. Portanto, a segunda melhor opção seria ele simplesmente não fazer nada. Quanto menos intervenção do governo na economia e mais liberdade para o mercado, melhor. O governo só atrapalha, todas essas intervenções são prejudiciais.
Um colunista do Poder 360 menciona que o governo está repetindo os mesmos erros da chamada nova matriz econômica, adotada anteriormente. Agora, Lula fala sobre um programa de incentivo à indústria nacional, mas o que ele realmente propõe é mais protecionismo, com mais restrições às importações de produtos estrangeiros. Isso não beneficia ninguém! A indústria pode lucrar com isso, mas o consumidor e a sociedade como um todo perdem dinheiro. A sociedade só ganha quando há mais relações comerciais voluntárias, quando o comércio verdadeiro acontece. Restringir a compra e venda de produtos não ajuda em nada, no final das contas.
O governo está tentando repetir a mesma estratégia que funcionou por um curto período em 2003. O Brasil teve um breve crescimento durante os anos do boom das commodities. Agora, eles estão tentando fazer o mesmo novamente, esperando ter um período positivo antes que ocorra uma nova crise, que provavelmente será enfrentada por um presidente futuro. No entanto, essa estratégia não funciona mais, porque as pessoas olham para Lula e não confiam nele. O mundo também mudou, enfrentamos a pouco uma pandemia, há uma guerra na Europa e uma crise entre China e Taiwan, além da cadeia de suprimentos que ainda não se recuperou. Não há perspectivas de melhoria. A equipe econômica e a mídia tentam passar a mensagem de que a inflação está diminuindo e que o crescimento econômico está aumentando, mas as pessoas olham para Lula e não acreditam nisso. Não há como prever o que acontecerá com esse governo, que deseja gastar dinheiro e aumentar impostos. Todas as conquistas positivas conquistadas desde o fim do governo Lula estão sendo desfeitas em uma velocidade impressionante.
Estamos caminhando de volta para a época do governo Dilma, quando a economia entrou em colapso. Essa medida para o setor automobilístico é apenas mais uma das tantas ações equivocadas. O mercado é muito mais eficiente do que um grupo de socialistas no governo.
A Volkswagen anunciou recentemente a suspensão da produção de veículos no Brasil devido à estagnação absoluta do mercado. A falta de demanda por carros no país leva à paralisação das operações, mesmo com a implementação do programa de carro popular do governo Lula.
Essa interrupção da produção pela Volkswagen é apenas um exemplo, já que outras montadoras também estão tomando a mesma medida devido à ausência de vendas significativas. Esse cenário revela uma dualidade interessante nos indicadores da economia brasileira. Embora o governo apresente índices econômicos aparentemente positivos, como a redução da inflação e perspectivas de crescimento, não se observa o mesmo entusiasmo entre a população e os investidores.
As pessoas analisam os números econômicos favoráveis, o que, por um lado, é positivo, pois indica que não há uma herança problemática do governo anterior. Pelo contrário, é possível afirmar que há uma herança benéfica do governo Bolsonaro, que alinhou a economia e a deixou preparada para o crescimento.
No entanto, as pessoas olham para o governo Lula com desconfiança, considerando a reputação de corrupção e os episódios de crise econômica durante seus governos anteriores. É difícil confiar em um governo liderado por alguém que já levou o Brasil à falência duas vezes. Como resultado, não se consegue incentivar as pessoas a realizar investimentos ou estabelecer fábricas sob um governo que se sabe estar fadado ao fracasso.
Embora as coisas possam estar indo bem no momento, existe a preocupação de que, no pior dos cenários, a economia possa enfrentar dificuldades nos próximos quatro ou oito anos, após o término do mandato de Lula. A corrupção já está visível novamente, seguindo o mesmo padrão dos primeiros governos de Lula, e é apenas uma questão de tempo até que a economia estagne.
É um equívoco acreditar que o governo é o responsável por conduzir e impulsionar a economia. Na verdade, a riqueza é gerada no mercado por meio de ações voluntárias. Quando alguém compra algo de outra pessoa, isso significa que o comprador atribui mais valor ao bem do que ao seu próprio dinheiro, enquanto o vendedor valoriza mais o dinheiro do que o bem. Assim, ambas as partes ganham valor nessa troca voluntária, resultando em uma ação mutuamente benéfica.
Por outro lado, quando o governo retira dinheiro da sociedade para investir no que ele acredita ser necessário para o país, isso é sempre uma ação destrutiva. A verdade é que o governo não sabe o que o país realmente precisa. Mesmo que o governo tenha boas intenções – supondo isso apenas como uma hipótese – ele não possui o conhecimento necessário para alocar eficientemente esse dinheiro. Todas as suposições do governo são baseadas em conjecturas e na visão limitada dos burocratas, sem nenhum embasamento na realidade.
Apenas o mercado é capaz de realizar essas trocas de forma justa, porque são voluntárias. As pessoas fornecem dinheiro quando consideram justo e não o fazem quando não acham adequado. Esse é o grande problema. O governo adotou a ideia de desenvolver a economia brasileira por meio de programas como o carro popular, mas tudo acaba dando errado. A suspensão da produção de carros pela Volkswagen é um exemplo disso. Certamente uma situação preocupante.
Eduardo Alvim é um entusiasta da Escola Austríaca de Economia, que valoriza a liberdade individual, o livre mercado e a não intervenção estatal na economia. Acredita que o Bitcoin é um Imperativo Moral, pois a auto custodia impede o financiamento de guerras, conflitos e imoralidades sem o livre consentimento das pessoas.