“Eu não nasci para ser CLT” Transformação Econômica Online Desafia Paradigmas e Divide Opiniões

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Garota exibe faturamento de sua LIVE NPC
Garota exibe faturamento de sua LIVE NPC

Por Eduardo Alvim

Esta é uma abordagem puramente econômica que não faz nenhum tipo de julgamento de valor sobre o conteúdo e o que é mostrado nas LIVES NPC

Hoje, exploramos o impacto da revolução digital na economia, um fenômeno que tem dividido opiniões entre os espectros políticos. Uma jovem influenciadora do TikTok recentemente compartilhou seu êxito financeiro, alegando ter ganhado 200 dólares em apenas duas horas de transmissão ao vivo na plataforma. O detalhe interessante é que ela expressou sua preferência por uma abordagem de trabalho não vinculada à legislação trabalhista tradicional (CLT), uma escolha que gerou controvérsia tanto entre os progressistas quanto entre os conservadores.

Os críticos à esquerda questionam a desvalorização da CLT, destacando sua importância histórica e os direitos que ela proporciona aos trabalhadores. Por outro lado, os críticos à direita preocupam-se com as mudanças no cenário online e argumentam que essa transformação desafia as convenções tradicionais, levantando questões sobre a moralidade e qualidade do que se produz na internet.

No entanto, é crucial reconhecer que essa narrativa reflete uma mudança mais ampla na economia, à medida que as interações econômicas se transformam com o advento da internet. Os modelos econômicos historicamente associados à esquerda enfrentam desafios à medida que a economia evolui. As discussões sobre sindicalismo e a relevância da CLT podem estar perdendo força à medida que a sociedade se adapta a novos paradigmas econômicos. Alguns argumentam que a CLT, embora tenha suas vantagens (para o estado), pode não ser adequada para o cenário atual.

Essa jovem em questão estava se dedicando ao que é conhecido como “Live de NPC” no TikTok. Mas afinal, o que significa uma Live de NPC no TikTok? Nesse contexto, as pessoas têm a oportunidade de enviar pequenas doações, como frutinhas, milhos, ou outros presentinhos virtuais, que podem ser convertidos em dinheiro. Em última análise, esses gestos representam uma quantia em dinheiro. Embora possam parecer insignificantes individualmente, quando muitas pessoas participam, a pessoa que realiza a Live pode realmente ganhar dinheiro com isso. Alguns podem questionar a validade dessa prática, alegando que é direcionada principalmente a indivíduos atraentes ou carismáticos, mas afinal, há algo de errado nisso?

A resposta é não. A garota em questão não está exibindo seu corpo ou fazendo algo controverso; ela está simplesmente interagindo de forma lúdica com seu público. As Lives de NPC ganharam notoriedade no TikTok, com muitas pessoas aderindo a essa tendência e gerando renda a partir dela. A jovem em questão estava claramente surpresa com os resultados de sua Live, compartilhando o número de visualizações e a quantia que ganhou: 233 dólares.

Então, qual é o problema nisso tudo? Na verdade, não há problema algum. Ela ganhou dinheiro de forma voluntária, e ninguém foi coagido a assistir à sua Live. Se alguém sintonizou, foi por escolha própria; quem optou por não participar, simplesmente não o fez. Doações e presentinhos virtuais são totalmente opcionais; ninguém é obrigado a contribuir. Isso exemplifica o ápice da liberdade, um princípio fundamental na internet. A rede é, essencialmente, um espaço libertário e anárquico, onde as pessoas fazem o que desejam, sem obrigações de seguir ou assistir a ninguém.

A verdade é que cada pessoa escolhe o que ler, assistir, o que consumir, e, no final das contas, as coisas funcionam assim. Não se limita apenas ao YouTube ou ao TikTok; há uma série de empregos em que as pessoas trabalham por demanda, como entregas e serviços de transporte, como o Uber, Ifood, ou até mesmo na área fitness como uma assessoria de um personal trainer. Se alguém se dedica a essas atividades com entusiasmo e profissionalismo, pode realmente ganhar um bom dinheiro no final do mês. Se você fizer seu trabalho corretamente, será recompensado por isso.

Isso é o que preocupa alguns setores políticos de esquerda, pois eles questionam a ideia de que a CLT é a única fonte de direitos trabalhistas. Afinal, você só tem direitos porque o governo os garante? E se o governo não estiver envolvido, não é possível garantir direitos? Alguns argumentam que a verdadeira garantia de direitos acontece quando as pessoas interagem voluntariamente umas com as outras, sem a intervenção do governo.

É importante reconhecer que, em questões de legislação, o maior beneficiado é o estado (a parte coercitiva), não necessariamente as partes envolvidas (as partes voluntárias). Nesse contexto, a economia moderna está ensinando às pessoas, especialmente aqueles que se identificam com a esquerda, que o livre mercado é benéfico, que a liberdade de fazer negócios de maneira voluntária é uma força motriz para o progresso econômico. Por outro lado, o pessoal que se alinha com a direita pode ter suas preocupações quando se trata de exposição na internet, mas no caso de vídeos do tipo NPC, até onde se sabe, a exposição pessoal é limitada. É claro que os pais devem estar atentos para evitar que seus filhos exagerem nesse tipo de exposição. No entanto, fora isso, não há nada de errado nessa narrativa. As pessoas fazem o que querem; quem deseja assistir, assiste, e quem não deseja, simplesmente não assiste. Não há nada de errado com essa dinâmica. Parabenizamos a jovem por aprender uma lição valiosa.

A afirmação de que ninguém nasceu para trabalhar sob o regime da CLT é respaldada por alguns argumentos. Para muitos, a CLT tende a favorecer mais o governo do que as empresas ou os empregados. A ideia de que a CLT oferece proteção é questionável, uma vez que, na prática, não garante uma proteção efetiva. Por exemplo, se um empregador precisa demitir alguém, a CLT não necessariamente impede essa demissão apenas porque o funcionário é CLT. Pelo contrário, muitas vezes, os trabalhadores com esse vínculo são os primeiros a serem dispensados quando uma empresa enfrenta dificuldades financeiras, devido às obrigações e encargos associados. A CLT é vista por alguns como mais um custo que o empregado suporta do que algo que beneficia a todos os envolvidos. No momento da contratação a CLT funciona como barreira de entrada para quem produz pouco, ou seja, a pessoa no primeiro emprego e com pouca instrução pode estar condenada a não conseguir um emprego por não ser produtivo o suficiente para fazer 1 salário mínimo.

Nesse cenário, a CLT pode parecer cada vez mais ultrapassada e inadequada para a dinâmica moderna. À medida que mais pessoas experimentam a liberdade econômica proporcionada pela internet, o apoio ao livre mercado e à autorregulação cresce, moldando novas perspectivas e formando defensores do livre mercado.



EDUARDO ALVIM É UM ENTUSIASTA DA ESCOLA AUSTRÍACA DE ECONOMIA, QUE VALORIZA A LIBERDADE INDIVIDUAL, O LIVRE MERCADO E A NÃO INTERVENÇÃO ESTATAL NA ECONOMIA. ACREDITA QUE O BITCOIN É UM IMPERATIVO MORAL, POIS A AUTO CUSTODIA IMPEDE O FINANCIAMENTO DE GUERRAS, CONFLITOS E IMORALIDADES SEM O LIVRE CONSENTIMENTO DAS PESSOAS.

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