Militares dos EUA lançaram ataques aéreos contra mais de 85 alvos ligados à Guarda Revolucionária do Irã e às milícias que esta apoia
O Ministério das Relações Exteriores do Irã condenou, neste sábado (3), os ataques aéreos dos EUA durante a noite de sexta-feira no Iraque e na Síria, chamando-os de “violações da soberania e da integridade territorial” dos dois países.
Na primeira manifestação de Teerã sobre os ataques dos EUA, o porta-voz do ministério, Nasser Kanaani, disse em um comunicado que eles representavam “outro erro aventureiro e estratégico dos Estados Unidos que resultará apenas no aumento da tensão e na instabilidade na região”.
Os militares dos EUA lançaram ataques aéreos contra mais de 85 alvos ligados à Guarda Revolucionária do Irã e às milícias que esta apoia, em retaliação ao ataque de drone do fim de semana passado na Jordânia, que matou três soldados americanos.
Embora os ataques não tenham visado locais dentro do Irã, assinalaram uma nova escalada do conflito no Oriente Médio devido à guerra de quase quatro meses de Israel contra o Hamas em Gaza.
Kanaani disse que os ataques dos EUA foram concebidos “para ofuscar os crimes do regime sionista em Gaza”.
Ele não indicou se o Irã tomaria alguma medida em resposta.
Ele instou o Conselho de Segurança da ONU a prevenir “ataques ilegais e unilaterais dos EUA na região”.
Antes dos ataques retaliatórios dos EUA nesta sexta-feira, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, disse que o Irã não iniciaria uma guerra, mas que “responderia fortemente a qualquer um que tentasse intimidá-lo”.
Kanaani disse que “a causa raiz das tensões e crises no Oriente Médio é a ocupação de Israel e o genocídio dos palestinos com o apoio ilimitado da América”.