Executivos afirmaram que setor de tecnologia na Europa enfrenta “regulações sobrepostas e orientações inconsistentes sobre como cumpri-las”, em vez de regras claras
Os presidentes-executivos da Meta, Mark Zuckerberg, e do Spotify, Daniel Ek, criticaram as regulações europeias em torno da inteligência artificial de código aberto, afirmando que o continente corre o risco de ficar para trás devido às suas regras complexas.
A Europa, que “tem mais desenvolvedores de código aberto do que a América”, está bem posicionada para aproveitar ao máximo a onda de IA de código aberto, disseram os CEOs em um comunicado conjunto nesta sexta-feira (23).
“No entanto, sua estrutura regulatória fragmentada, repleta de implementações inconsistentes, está prejudicando a inovação e atrasando os desenvolvedores.”
Os executivos afirmaram que o setor de tecnologia na Europa enfrenta “regulações sobrepostas e orientações inconsistentes sobre como cumpri-las”, em vez de regras claras.
O órgão regulador de privacidade irlandês pediu em junho à Meta que não lançasse seus modelos de IA na Europa por enquanto, após a empresa ter sido instruída a adiar os planos de explorar dados de usuários do Facebook e Instagram.
Dadas as regulamentações atuais, a Meta não poderá lançar seus próximos modelos de IA, como o Llama multimodal, que tem a capacidade de interpretar imagens, na Europa. Os CEOs disseram que isso deixará os europeus “com uma IA criada por outra pessoa”.
Eles concluíram que a Europa precisa de uma nova abordagem, com políticas mais claras e aplicação mais consistente, e acrescentaram que o continente perderá uma “oportunidade única em uma geração” se continuar no caminho atual.
A Comissão da União Europeia não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.