O Ricardo Ferreira tem 39 anos, é Engenheiro Informático e vive em Boston há 4 anos. Convidei-o a partilhar connosco um pouco da “sua” Boston, marcada por caminhadas no Freedom Trail, comida saudável e pelo Sport Clube Faialense, um pequeno clube criado por emigrantes açorianos na Cambridge Street.
É um olhar diferente e mais rico sobre Boston – o de quem vive por dentro o dia-a-dia da cidade, estando simultaneamente fora da sua “zona de conforto”, deslocado, como acontece a todos os viajantes.
Este é o oitavo post de uma série inspirada no programa de televisão “Portugueses pelo Mundo”.
Em Boston com o Ricardo Ferreira
Define Boston numa palavra.
Pride. A cidade exala orgulho nos acontecimentos históricos que aqui ocorreram e nos seus filhos mais ilustres.
Boston é uma cidade boa para viver? Fala-nos das expectativas que tinhas antes de chegar, e se a realidade que encontraste bateu certo com a ideia preconcebida que trazias.
Já conhecia bem a cidade porque tinha passado uma parte muito significativa do ano anterior a mudar-me definitivamente para Boston, por isso não houve grandes surpresas. Talvez a única tenha sido o sentido de comunidade que existe num contexto de uma cidade grande e muito cosmopolita e a forma descomplexada com que as pessoas se abordam e abrem a sua vida e espaço pessoal.
Por exemplo, não é raro alguém na rua começar a comentar algum acontecimento atual ou uma roupa que tenha vestido, perguntando mesmo onde comprei. Em Cambridge, onde moro, é comum ter bancas de livros à venda sem ninguém presente, apenas com uma caixa onde deixar o dinheiro e um poster afixado com dizeres como “This book stand exists because I trust in you and your love for books. Please leave the payment in the box so this book stand is here the next time you pass by”. A primeira vez que vi esta banca nem quis acreditar, e ainda recentemente lá comprei um livro.
Em relação a ideias preconcebidas que tinha antes de ser exposto à realidade norte-americana e que acredito sejam comuns à maioria dos portugueses:
- “Os americanos só comem fast food e é impossível comer comida saudável nos Estados Unidos”. Para além dos sempre presentes McDonald, KFC e afins, existem centenas de restaurantes com ótima comida e os supermercados estão repletos de legumes e fruta espetacular. Honestamente, como mais comida saudável em Boston do que em Portugal. Qualquer restaurante tem larga oferta de saladas e grelhados.
- “Os americanos andam de carro para todo o lado e ninguém anda a pé”. Em Boston e Cambridge (cidade situada na margem norte do Charles River), o meio de transporte mais usado é a bicicleta. São aos milhares, faça frio, sol, chuva, neve ou calor.
- “Os americanos só ligam a assuntos internos e não fazem ideia do que se passa no resto do mundo”. De facto, os media cobrem quase maioritariamente assuntos internos, o que é compreensível dada a dimensão do país. O mesmo se passa no Brasil, por exemplo. Mas note-se que sempre que me apresento como português, toda a gente me bombardeia com perguntas, são muito curiosos e tenho conseguido convencer alguns a visitar Portugal. Aparentemente, todos adoram o nosso país.
Na minha opinião, Boston é uma cidade ótima para se viver por vários motivos. É grande quanto baste para ter uma oferta cultural e comercial enorme, mas ao mesmo tempo fácil de percorrer a pé. É uma cidade cosmopolita, graças à população estudantil e aos emigrantes, pelo que todas as novas tendências e movimentos borbulham por aqui. Existem inúmeros parques, lagos e praias que permitem usufruir do bom tempo (quando o há). E, tendo uma população jovem e internacional, torna-se fácil desenvolver amizades e conhecimentos.
Outro aspeto que aprecio particularmente em Boston é que as estações do ano são vincadamente diferentes. No verão temos muitos dias com temperaturas máximas bem para além dos 30 graus e mínimas acima dos 25. No inverno, passa-se o inverso com semanas a fio de temperaturas negativas.
Os dois aspetos que considero menos bons de morar em Boston são a distância para Portugal e esse frio de inverno. Mesmo após 5 invernos passados em Boston, não consigo adaptar o termóstato para as temperaturas de dezembro a março. Sair de casa para trabalhar com -25 graus e ainda ter de limpar o gelo do carro não é nada simpático!
E o que mais te marcou em Boston?
O sentido de comunidade que existe, apesar de grande parte da população não ser natural de Boston ou nem sequer americana. A grande maioria das pessoas interessa-se e participa nas iniciativas locais. Por exemplo, aquando dos recentes atentados durante a Maratona de Boston, muitos milhares de pessoas dedicaram-se a ajudar quem ficou preso na cidade sem ter para onde ir.
Como caracterizas as pessoas de Boston?
Orgulhosas. Têm orgulho em tudo o que é bostoniano: seja a pronúncia, o calão local, as estrelas do desporto, etc. Até do mau tempo do inverno têm orgulho.
Como terminarias esta frase: “Não podem sair de Boston sem…”
… ir ver um jogo de uma das equipas das ligas profissionais da cidade: Boston Celtics no Basquetebol, New England Patriots no Futebol Americano, Boston Red Sox no Basebol ou Boston Bruins no Hóquei no Gelo.
Os bostonianos são doidos pelas suas equipas e fazem delas equipas de topo. Os jogos em casa são uma grande festa, com animação permanente, alegria e alguns copos à mistura. Por exemplo, uma ida a um jogo dos NE Patriots começa pelas 10h00, mesmo que o jogo seja às 14h00. As pessoas juntam-se nos parques de estacionamento do estádio em piqueniques gigantes (“tailgates”) com grelhadores a gás, tendas, etc. Mesmo no inverno.
As várias ligas decorrem em alturas diferentes do ano: basebol de abril a outubro; hóquei de setembro a junho, basquetebol de outubro a junho e futebol americano de setembro a fevereiro. Os bilhetes podem ser caros e convém ser comprados com antecedência, por exemplo, no ticketmaster.
Vamos complicar a conversa e tentar fazer um roteiro de 3 dias em Boston. Indica-nos as coisas que, na tua opinião, sejam “obrigatórias” ver ou fazer.
Boston é uma cidade histórica e antiga (no contexto da história norte-americana). Todos os pontos de interesse histórico estão ligados pelo Freedom Trail, que demora umas 3 horas a fazer a pé, mas eu recomendo que o façam bem devagar e se deixem “perder” pelas várias zonas que o trilho atravessa.
Não se preocupem em se perder do trilho em si, é uma linha vermelha pintada ou gravada no chão e que passa inclusive por dentro de um restaurante – o “Union Oyster House” – que é o restaurante mais antigo ainda em funcionamento dos Estados Unidos. Um dos pontos centrais do Freedom Trail é o Quincy Market / Faneuil Hall.
A parte do Freedom Trail que prefiro é a zona da Old North Church, pelas vistas e pelo pitoresco das ruelas. Fazer o Freedom Trail a pé é a melhor forma de conhecer a Boston histórica.
Obrigatório também é percorrer a Newbury Street ao fim de semana e ir entrando nas lojas, como descrevo adiante. Paralela à Newbury Street corre a Boylston Street, que tem alguns pontos de visita indispensáveis como a Trinity Church, refletida na John Hancock Tower e como a Boston Library em frente. Adiante encontram a Prudential Tower, na qual recomendo a subida até ao observation deck. A vista é magnífica e, num dia de céu limpo, podem ver toda a cidade de Boston e arredores.
No topo da Prudential Tower existe um restaurante famoso chamado Top of the Hub, que recomendo se tiverem ganho a lotaria. Se ainda tiverem fôlego, caminhem um pouco mais até à First Church of Christ Scientist (nada a ver com a cientologia de Hollywood) para ver a catedral, os espelhos de água e o vitral com o mapa-múndi.
Para quem gosta de museus, Boston tem uma oferta interessante. Os mais visitados são:
- Museum of Fine Arts (MoFa). Descrito mais à frente.
- Institute of Contemporary Art (IPA). Pequeno museu com exposições itinerantes, situado junto ao porto de Boston. O edifico é fantástico.
- Museum of Science. Construído em cima do Charles River, junto à Craigie Drawbridge e tem uma coleção enorme de objetos científicos e várias salas de cinema iMax com filmes ligados à ciência. Os mais pequenos adoram. A loja de recordações é fantástica.
Se Boston é a cidade dos irlandeses, é um bairro italiano o verdadeiro chamariz para os turistas. O South End (ou Little Italy) é de visita obrigatória. Quando lá forem, não se fiquem apenas pelas ruas centrais (Hannover Street e Salem Street) e deambulem pelas ruelas. Há momentos em que esperamos encontrar o Vito Corleone a correr rua abaixo.
O South End tem uma oferta enorme de restaurantes e sempre fui bem servido. Recomendo um restaurante por ser único e pequeníssimo: Daily Catch na Hannover Street. A especialidade é a massa negra. Tentem ir fora do horário de ponta das refeições para evitar filas enormes.
Uma viagem a Boston não fica completa sem uma visita à vizinha Cambridge. Cambridge fica na margem norte do Charles River, enquanto Boston repousa no lado sul. Cambridge é conhecida por ser uma cidade universitária com os campus do MIT e da Harvard School, mas é muito mais que isso. Recomendo passarem tempo em duas praças: Harvard Square e Central Square.
Em Harvard Square, encontram a Harvard School e o Harvard Yard, visita obrigatória para ver a estátua do John Harvard (que afinal não o é, mas isso fica para descobrir na visita). Eu adoro perder-me nos sábados de manhã frios pelas livrarias de Harvard, como a Coop ou a Harvard BookStore, com um café quente nas mãos. No verão, os turistas tomam conta de Harvard Square e existem uns passeios pelo campus de Harvard guiados pelos alunos da Harvard School – nunca fiz, mas disseram-me que valem a pena.
Central Square é um reboliço caótico para os sentidos. Em algumas centenas de metros encontra-se de tudo, desde lojas de conveniência a pedir limpeza urgente, lojas posh de decoração, sem-abrigo a esbracejar contra o carro dos bombeiros que passou, geeks do MIT perdidos nos seus iPods, polícias bonacheirões que tratam os sem-abrigo por “my dear”, lojas de artigos usados e sex shops, um hippie perdido há 30 anos entre vapores e fumos, restaurantes para todas as bolsas e dos quatro cantos do mundo, yuppies saídos do ar condicionado dos business centers de Kendall Square ali ao lado, livrarias com livros usados ou só envelhecidos, muitas coffee shops, rockeiros e rockeiras tatuados dos pés à cabeça, mercearias especializadas, muitos bares com música ao vivo, grafitis do tamanho de prédios, batucadas de roda de samba a sair de uma qualquer janela, lojas de flores a perfumarem a rua em competição com o fumo dos carros. “No boring days or nights in Central…”, diz-se.
Boston tem uma oferta cultural muito grande e recomendo pesquisarem as várias publicações gratuitas com a agenda cultural. O melhor lugar para as encontrar é perto das estações de metro. Vão com certeza encontrar uma peça ou um concerto que vos interessa, em qualquer dia da semana. A Berklee School, por exemplo, tem uma programação muito boa.
De certeza que sabes alguns truques e dicas para se poupar dinheiro em Boston. Conta-nos.
Para experimentar os restaurantes mais in, recomendo ir à hora do almoço e aproveitar os menus de almoço que servem doses ligeiramente mais pequenas por metade do preço. Uma refeição num restaurante da moda pode custar bem acima dos 50 USD no período de jantar. E, visto que normalmente as doses servidas são enormes, uma dose mais pequena é mais do que suficiente.
Ainda no que toca ao tamanho das doses, aqui nos Estados Unidos não é malvisto levar as sobras de uma refeição para casa – alguns restaurantes recolhem-nas e embalam sem ser preciso dar indicação. Recomendo vivamente que o façam – poupam dinheiro e ficam com refeições para o dia seguinte.
Para ver a cidade a partir do topo de algum arranha-céus de borla, vão à Atlantic Avenue e verifiquem no lobbie dos edifícios de escritórios. No número 470 da Atlantic Avenue podem, por exemplo, usufruir de uma bela vista sobre o porto de Boston e o tribunal.
Para um passeio de barco pela baía de Boston, podem evitar os cruzeiros que oferecem refeições e que são um pouco caros, e fazerem um passeio semelhante mas usando os barcos dos transportes públicos (MBTA – Massachusetts Bay Transportation Authority) para Hull, Quincy ou Hingham. Altamente recomendável num dia com um pôr-do-sol bonito, passear pela baía e beber um aperitivo.
Existem dias em que os museus são gratuitos ou com descontos, verifiquem nos sites dos mesmos.
Com muita regularidade, existem vouchers que dão descontos muito significativos em restaurantes, museus, duck tours ou alugueres de caiaques no Charles River. Quando estiverem a planear a viagem, recomendo que espreitem o site ou a app da Groupon para ver se tem algo interessante.
Boston tem alguns períodos do ano em que o alojamento fica caríssimo devido à muita procura, como a altura das formaturas (graduations, da segunda metade de maio até à primeira semana de junho) ou a Boston Marathon (meados de abril, no Patriots Day). Se pretenderem viajar para Boston nessas épocas do ano, marquem com toda a antecedência possível; mas o ideal é mesmo evitar essas datas.
Devido aos funestos acontecimentos aquando da Maratona de Boston de 2013, é expectável que nos próximos anos a procura cresça ainda mais. A forma como os americanos reagem a adversidades é enfrentando-as de frente, pelo que prevejo uma enchente enorme em 2014, como forma de homenagear as vítimas e mostrarem ao mundo que não se encolhem.
Para as compras, se forem ao Macy’s – um department store – peçam o voucher para estrangeiros que vos dá um desconto imediato e acumulável de 9%. Só precisam mostrar o passaporte.
Verifiquem que bilhetes estão disponíveis com descontos para o próprio dia nos balcões do Bostix. Podem encontrar muitos bilhetes a preços muito reduzidos, como por exemplo para o Blue Man Group.
As companhias da Broadway de Nova Iorque vêm frequentemente a Boston. Aqui é mais fácil encontrar bilhetes mais baratos. Podem procurar em boston.broadway.com.
Falemos de comida. Que especialidades gastronómicas temos mesmo de provar? Pode ser um petisco, um prato típico, ou algo mais “estranho”…
A imagem de marca gastronómica de Boston é o marisco: lagostas, camarões, vieiras, ostras, ameijoas, mexilhões. Lagosta não é um prato para ricos, existem formas de comer uma lagosta por 15 USD (10 Euros). Saiam da cidade e vão para zonas de costa menos turísticas, como Gloucester.
Outra especialidade da região da Nova Inglaterra é o clam chowder, uma sopa de natas, ameijoas e batata. A combinação pode parecer estranha mas é bastante saborosa. Quase todos os restaurantes têm clam chowder, por isso é muito fácil encontrar.
Boston também é conhecida como Beantown (“cidade dos feijões”) e existe alguma tradição de servir uma feijoada tipo guisado. Fica bem atrás de uma feijoada portuguesa mas, se tiverem oportunidade, sobretudo quando o inverno aperta, aproveitem e provem. Pode ser que fiquem mais positivamente impressionados do que eu.
Imagina que queremos experimentar comidas locais. Gostamos de tascas, botecos, lugares tradicionais com boa comida e se possível barato. Onde vamos jantar?
Para se dedicarem ao marisco, recomendo que saiam do centro da cidade e vão até ao Jake’s Seafood Restaurant, em Hull, e aproveitem a beleza do local junto ao mar e ao rio para uma caminhada para digerir as ameijoas, mexilhões e vieiras. Para uma experiência única com pratos de carne norte-americanos, recomendo o Red Bones, em Sommerville.
Como é a movida em Boston? O que sugeres a quem queira sair à noite?
Boston é uma cidade universitária e, por isso, não só tem uma população muito jovem e com vontade de sair como a movida varia muito ao longo do ano, de acordo com os ciclos escolares.
Perto do Quincy Market, existe uma série de bares irlandeses com música ao vivo por bandas de covers, como o The Bell in Hand Tavern, o Durty Nellys ou o The Point. São locais divertidos sem grande pretensiosismo. Para dançar, devem ir para a zona do “Alley”, pertinho do Boston Common, onde pontificam o Licour Store, o Gipsy ou o The Estate. Existem também bons bares em hotéis, como no Liberty Hotel ou no Courtyard em Chinatown. O Liberty é conhecido por ser o bar com gente mais bonita da cidade – é boa ideia ir cedo para garantir que se consegue entrar.
Do lado de Cambridge, existem também muitos bares. Para música ao vivo, procurem em Central Square bares como o Argard, Midle East, TT the Bear’s Place, o Phoenix Landing ou o Cantab. A banda de funk que toca às quintas-feiras no Cantab é fenomenal.
Ainda em Central Square, há bares para dançar como o Middlesex ou o Paradise. O Paradise é um clube gay onde não existem muitas restrições, não recomendado para mentes mais conservadoras.
Nunca saiam à noite sem o passaporte, porque podem recusar a entrada num bar ou discoteca e de certeza que vão recusar servir-vos bebidas alcoólicas. Já vi gente com muito cabelo branco ou até sem ele a ter de beber Coca-Cola toda a noite. Outro ponto importante é que a noite termina às 2 da manhã e muitos locais servem a última bebida pelas 1h45 – horários bem diferentes da vida noturna em Portugal.
Escolhe um café e um museu.
Caffe Vittoria no South End (bairro italiano). Café para matar saudades de Portugal tirado numa autêntica máquina Cimbali e bolos para dar cabo da dieta (o melhor tiramisu que alguma vez comi). Muito perto do Vittoria existe uma pastelaria famosa no país inteiro, a Mikés pastry. Costuma ter filas enormes e, na única vez que enfrentei a fila, provei a especialidade local, Caneloni, e não gostei. Parece-me um local puramente turístico e nada autêntico, mas posso estar enganado.
Museum of Fine Arts (MoFA). Tem uma coleção de arte que cobre pintura, escultura, fotografia, vídeo e todas as correntes artísticas sem ser demasiado exaustivo ou cansativo. A arquitetura do edifico permite ir saltando de tema em tema, ao nosso gosto, ou fazer uma pausa na cafetaria com facilidade. Ótimo programa para um dia frio.
Uma das decisões críticas para quem viaja é escolher onde ficar – lugares centrais que permitam andar a pé, acesso a transportes públicos, segurança. No caso de Boston, em que zona nos aconselhas a procurar hotel?
Definitivamente devem ficar na zona central, perto do metro. Recomendaria Beacon Hill, Back Bay or South End, por serem as mais pitorescas e muito centrais. Cambridge também é uma boa opção, ficando perto de Harvard Square ou Central Square. O centro de Boston é todo ele seguro, pelo que a segurança não é fator a pesar na decisão.
Tens alguma sugestão para quem quiser fazer compras em Boston?
Para quem gosta de ter roupa de marca, aconselho a trazerem parte da mala vazia porque em Boston vão ter muitas oportunidades de comprar roupa muito mais barata. Para isso, vão ao comércio no centro da cidade ou a algum outlet. Os outlets são normalmente bem longe do centro para não concorrem diretamente com as lojas full-price. O outlet que conheço fica em Wrentham, a 60 quilómetros do centro de Boston. Para evitarem consumir muito tempo em compras, recomendo que espreitem as lojas do centro, muito mais baratas do que em Portugal.
Como experiência de compras de algo tipicamente bostoniano, recomendo um passeio pela Newbury Street, onde, para além de passearem no meio da gente gira da cidade, têm acesso a muitas lojas internacionais e a inúmeras “non-chain stores” onde quem vos atende são os donos e, tipicamente, são lojas altamente sofisticadas, seja de roupa, calçado, arte ou mobiliário. Para comprarem algo nestas lojas é preciso uma carteira recheada, por serem lojas onde vão encontrar a aristocracia da velha Boston a comprar um quadro para o chalet de ski no Vermont ou uma cadeira para a casa de praia em Cape Cod.
Antes de te despedires, partilha o maior “segredo”de Boston; pode ser uma loja, um barzinho, um café, um parque, uma galeria de arte, algo que seja mesmo “a tua cara”.
Sport Clube Faialense em Cambridge, na Cambridge Street. É um pequeno clube criado em 1972 por emigrantes açorianos, no qual se servem doses generosas de simpatia e petiscos bem portugueses. Mesas corridas em que nos podemos sentar ao lado de quem lá estiver – e assim a noite começa. Até matraquilhos tem. Nas noites de sexta-feira, a comunidade portuguesa das universidades e seus amigos enchem as mesas até às tantas, e até guitarradas já houve. É o meu Cheers, “where everybody knows your name… and they’re always glad you came…”!
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Obrigado, Ricardo. Encontramo-nos numa próxima viagem a Boston.
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